sexta-feira, 28 de novembro de 2008

sos santa catarina


99 mortos, por enquanto mais q o dobro da até então grande enchente de 1983. muitas muitas desaparecidas.

mais de 78 mil pessoas desalojadas ou desabrigadas ( nem imagino qtos animais mortos ou perdidos).

uma pá de rodovias destruídas e/ou interditadas em diversos pontos ( 3 BRs e 17 estaduais).

12 municípios em situação de calamidade pública, mais uma pá em situação de emergência.

vi na tv o ginásio da escola onde estudei (em canasvieiras) sendo alojamento para desabrigados.

centenas de caminhoneiros, com famílias inclusive, há dias parados a beira da estrada, com postos cobrando valores ridículos por uma garrafa de água ou um banho.

saques por todos os lados (totalmente ensaio sobre a cegueira).

172 mil pessoas sem luz.

gasoduto rompido.

o que mais me impressiona não é q o povo sobrevivente perdeu as casas, mas q o terreno onde estava a casa não existe mais, tudo virou um grande lamaçal irreconhecível. aliás, alguns municípios sumiram do mapa quase por inteiro.

segue aqui um link com explicações de como ajudar: http://www.clicrbs.com.br/especial/sc/sos-sc/conteudo/detalhe/Como-ajudar.html

em geral precisa-se de tudo, mas é mais urgente: dinheiro, é óbvio, água mineral, colchões, roupas de cama e banho, vestuário e calçados (tudo limpo e etiquetado por fora dizendo o que é e em que tamanho), material de higiene, alimentos para consumo imediato (pão, biscoito, leite, achocolatado), remédios, abrigo.

não consigo nem imaginar o q esse povo tá passando.

minha mãe é traumatizada de enchente, mas não dá nem pra comparar 80 cm de água dentro de casa com essa imagens de bairros inteiros arrastados pelo barro e correnteza, com gente dentro!!! sou muito privilegiada. tudo q minha família perdeu em 1995 (praticamente nada dentro dessa perspectiva) pôde ser comprado novamente. só a paz de espírito da minha mãe q não, mas acho q mudar de casa vai resolver esse problema.

como esse povo q perdeu tudo, da família à cidade onde mora - incluindo o local de trabalho -vai reconstruir suas vidas? vão morar onde? viver de quê? como vão conseguir dormir a noite?

q todas as entidades, q todos os espíritos, q todos os ancestrais, q todas as crenças sejam capazes de dar alento a esse povo. e que nós, gente de carne e osso, possa repartir alguma coisa.

namaste _()_, axé, baraka, shalom, salaam, mir...

foto: Ilhota, from diario.com.br

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3 comentários:

Ila disse...

TOTAL ensaio sobre a cegueira! Pensei a mesma coisa.

Cada vez que ouço que recomeça a chover me dá vontade de chorar por me sentir impotente total!!!!

Estamos em casa também arrecadando o que dá e pensando em fazer umas compras pra mandar também. Mas penso na parte emocional que também deve estar profundamente abalada...

Tenho tentando lembrar todas as horas do dia o quanto preciso agradecer a Deus por ser uma pessoa também privilegiada. E lembro mais a inda de pedir que Ele se faça presente amparando toda essa gente que tanto precisa.

Que além do que o povo brasileiro se mobilizou para ajudar como pode, peço que não lhes falte a fé para resistir à tamanha provação...

Bjo...

Ana Corina disse...

Credo, só dá eu e a Ila por aqui, hein? Olha, baby, vc esqueceu de mencionar os bichinhos sofrendo... Quem quiser ajudá-los TAMBÉM, visite maedecachorro.com.br
Uma dor não exclui a outra e dá para ajudar todo mundo. Bjo.

Luiza Bodenmüller disse...

Ju!!

a maior necessidade do povo lá é água e alimentos pra consumo imediato como bolachas, leite, barra de cereal, etc...

além disso, o dinheiro também é importante, porque o pessoal vai saber o que comprar melhor do que nós!

tem gente doando móveis (bons e estragados) mas ainda não é a hora pra esse tipo de doação.

e no mais, quem puder ser voluntário nos postos de triagem com certeza ajudará imensamente!! Ali na UFSC já tem gente o suficiente praticamente todos os dias, mas parece que no batalhão dos bombeiros ali na trindade (aquele de treinamento, na beira mar sabe?), na defesa civil e no sesc eles estão precisando de pessoas.

É isso!
beijones