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terça-feira, 10 de novembro de 2009

burrice pouca é bobagem

Uniban revoga a expulsão da Geisy Arruda, e eu não digo mais nada...

...a não ser q agora é tarde, mané.

domingo, 8 de novembro de 2009

a vingança é um prato q se come de minissaia

Do site do Estadão:

"MEC cobra Uniban por expulsão de aluna

New York Times e Guardian noticiam punição a estudante assediada por vestir saia curta

LISANDRA PARAGUASSÚ - O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O Ministério da Educação vai pedir explicações à Universidade Bandeirante (Uniban) sobre a expulsão da estudante Geisy Arruda, de 20 anos, que foi perseguida, encurralada e xingada por um grande grupo de alunos no câmpus de São Bernardo porque usava um vestido curto. A secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Paula Dallari, afirmou que a instituição será notificada nesta semana, em processo de supervisão especial que pode ser aberto a qualquer momento após denúncia. A ministra Nilcéa Freire informou que a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres também cobrará explicações da Uniban.

O caso virou notícia em sites de grandes jornais do exterior, como The New York Times e Guardian . O jornal inglês deu maior destaque à expulsão de Geisy em sua home page. O americano usou um texto da agência Reuters que ironiza o fato de a expulsão da universitária ter ocorrido num país conhecido por seus "minúsculos biquínis".

"Uma universidade tem uma obrigação educacional que precisa estar presente em todos os momentos. É um local não apenas de convivência, mas de formação de valores. Esse caso me parece ter um forte caráter de gênero”, disse Maria Paula. “O MEC tem o dever de pedir explicações. Seria a mesma coisa em um caso de racismo.”
A secretária ressalta que todas as informações que teve até agora vieram das reportagens e da nota paga publicada pela Uniban. Por isso, não pode adiantar quais medidas poderiam ser tomadas. Isso será feito depois de ouvir a instituição.


No entanto, Maria Paula alerta que duas coisas chamam a atenção no caso. A primeira é a qualificação da atitude da aluna, que revela preconceito de gênero. A Uniban alega que a estudante usava roupas curtas e tinha atitudes provocativas, que teria resultado em uma “reação coletiva de defesa do ambiente escolar”. O segundo ponto é o fato de haver diferentes tipos de punição: a expulsão de Geisy, vítima das agressões, e apenas uma suspensão dos alunos que provocaram o tumulto. “Diante do mesmo problema, há duas punições de gravidade diferente. Por que não houve então igual tratamento?”, pergunta a secretária.


Geisy sofreu assédio coletivo e ameaças de agressão no dia 22 de outubro, ao ir para o curso de Turismo, onde estudava, usando um vestido rosa curto. Ela teve de ser escoltada pela polícia sob gritos e ameaças. A história ganhou repercussão depois de vídeos terem sido postados no YouTube. No sábado, depois de concluir uma sindicância, a Uniban decidiu expulsar Geisy por considerá-la responsável pela violência que sofreu, por causa da sua roupa e da sua atitude.

A ministra Nilcéa condenou a decisão de expulsar a universitária e disse que a atitude da escola de demonstra "absoluta intolerância e discriminação". "Isso é um absurdo. A estudante passou de vítima a ré. Se a universidade acha que deve estabelecer padrões de vestimenta adequados, deve avisar a seus alunos claramente quais são esses padrões", disse a ministra à 'Agência Brasil' antes de participar do seminário seminário A Mulher e a Mídia.

Segundo a ministra, a ouvidoria da SPM já havia solicitado à Uniban explicações sobre o caso, inclusive perguntando quais medidas teriam sido tomadas contra os estudantes que hostilizaram a moça. Nesta segunda-feira, 9, a SPM deve publicar nova nota condenando a medida e provocando outros órgãos de governo como o Ministério Público Federal (MPF) e o MEC a se posicionarem.

As cerca de 300 participantes do seminário A Mulher e a Mídia decidiram divulgar, ainda neste domingo, moção de repúdio à Uniban pela expulsão da estudante. A decisão da Uniban também foi reprovada pela deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), uma das participantes do seminário. Segundo a deputada, a expulsão de Geisy não se justifica e parte de um "moralismo idiota". "Mesmo que ela fosse uma prostituta, qual seria o problema da roupa? Temos que ter tolerância com a decisão e postura de cada um", afirmou Erundina.

A socióloga e diretora do Instituto Patrícia Galvão, Fátima Pacheco, discordou da decisão e questionou o argumento da universidade de que a aluna "teria tido uma postura incompatível com o ambiente acadêmico", conforme diz a nota da Uniban. "Ela não infringiu nada. Ela estava vestida do jeito que gosta, da maneira que acha adequado para seu o corpo e a interpretação do abuso, da falta de etiqueta é uma interpretação que não tem sentido"’, disse Patrícia. "É uma reação à mulher e à autonomia sobre o seu corpo. Não se faz isso com rapazes sem camisa, com cueca para fora ou calças rasgadas", completou a socióloga.

Para a psicóloga Rachel Moreno, do Observatório da Mulher, a reação dos estudantes e da universidade refletem posições contraditórias e "hipócritas" da sociedade em relação à mulher. "Por um lado, a nossa cultura diz que a mulher tem que ser valorizar o corpo, afinal de contas, tem que ser bonita, tem ser gostosa e tem que se mostrar. Por outro lado, a mulher é punida quando assume tudo isso com tranqüilidade."

O Movimento Feminista de São Paulo prepara manifestação nesta segunda-feira, às 18 horas, em frente da Uniban. Na convocação, o movimento pede que as manifestantes compareçam usando minissaias ou vestidos curtos".


....delícia!!!

sábado, 7 de novembro de 2009

Unitaliban: o total fracasso da educação


Qd a aluna de minissaia foi humilhada e acuada eu achei q deveria ter dito alguma coisa, mas tinha tanto comentário bom em tantos blogs q eu deixei passar. Agora não dá mais.


"Uniban expulsa aluna assediada por usar vestido curto em aula

Universidade diz que atitude provocativa da aluna resultou em reação coletiva de defesa do ambiente escolar

SÃO PAULO - A Universidade Bandeirante informou em anúncio publicado em jornais paulistas neste domingo, 8, que decidiu expulsar a aluna Geisy Arruda de seu quadro discente. A estudante do curso de Turismo sofreu assédio coletivo no último dia 22 de outubro por ir ao campus de São Bernardo do Campo da faculdade com um vestido curto. O episódio ganhou repercussão na internet após vídeos do tumulto serem postados no 'You Tube'.

No anúncio publicitário, entitulado ' A educação se faz com atitude e não com complacência' a universidade diz que tomou a decisão após uma sindicância interna constatar que a aluna teve uma postura incompatível com o ambiente da universidade, frequentando as dependências da unidade em trajes inadequados. Para a Uniban, Geisy provocou os colegas ao fazer um percurso maior que o habitual, desrespeitando princípios éticos, a dignidade acadêmica e a moralidade.

A universidade afirma ainda que foi constatado que "a atitude provocativa da aluna resultou numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar". Ainda assim, o conselho superior declarou na nota que suspendeu temporariamente os alunos envolvidos e identificados no incidente. A Uniban também criticou o comportamento da imprensa na cobertura do caso. Segundo a universidade, a mídia perdeu a oportunidade de contribuir para um debate 'sério e equilibrado' sobra ética, juventude e universidade ..." (estadao.com.br).

A minha interpretação da posição da Uniban:

" Para manutenção de um ambiente educacional compatível com esta Universidade, fica aqui estabelecido que as alunas deste estabelecimento de ensino não podem usar roupas curtas, e devem fazer sempre o menor percurso disponível entre a porta de entrada e a porta da sala de aula. Aquelas que desrespeitarem esta regra, poderão sofrer as seguintes punições:
  1. Humilhação pública: Para o cumprimento desta punição, os outros alunos da Universidade, numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar, podem gritar insultos tais como 'puta', ou 'vagabunda'.
  2. Assédio sexual ou estupro coletivo: Para o cumprimento desta punição, os outros alunos da Universidade, numa reação coletiva de defesa do ambiente escolar, podem tocar a aluna, beliscá-la e, se a polícia não chegar a tempo de uma escolta, estuprá-la coletivamente.
  3. Expulsão: Para o cumprimento desta punição, a direção da Universidade, numa reação de defesa do ambiente escolar, pode difamar a aluna publicamente através dos diversos veículos de comunicação disponíveis, atacando diretamente sua reputação.
Para garantir o decoro, e assim evitar as possíveis punições, as alunas interessadas podem adquirir uma burca universitária, a venda na secretaria dos cursos".

Leiam tbém o post do Marcos Guterman "Uniban e o linchamento moral: a culpa é da vítima".

Fui ao site da universidade e deixei a seguinte mensagem: "A postura da Uniban diante da violência sofrida pela aluna Geisy Arruda foi além de lastimável. Foi uma ofensa a todas as mulheres que lutaram pelos nossos direitos. A mensagem que fica é que para a Uniban o linchamento moral é culpa da vítima. Esse peso e essa moeda combina perfeitamente com aqueles do Taliban. Se este algum dia foi um estabelecimento de educação, o apedrejamento verbal de uma aluna prova que hoje a Uniban é apenas um estabelecimento de sexismo e conivência com a violência contra as mulheres. Fica aqui o meu repúdio".

Sugiro q todos expressem o seu repúdio via e-mail.

E como sempre a Lola tem os melhores posts.

Eu não sei vocês, mas eu torço pela falência deste estabelecimento. Torço também para que a moça encontre um bom time de advogados. Não necessariamente nesta ordem.

só por ser mulher

Tirado do maravilhoso Sociological Images:

"One of the problems with the current state of health care involves higher premiums for women or, even, the exclusion of women from certain health care plans, simply by virtue of their femaleness.


Specifically, some insurance companies have decided that because women can make new people, they should pay more for health coverage, or be denied it altogether.


In the clip below, Peggy Robertson discusses being excluded from a health care plan because of a previous C-section. The company allegedly told her that they would accept her if she had herself sterilized. This is coercion. Women may feel compelled to be sterilized in order to gain access to health insurance. This is a significant breach of the basic tenets of our civilization: the right to life, liberty, and happiness".


Tradução livre de uma não-tradutora (eu):


"Um dos maiores problemas com o atual sistema de convênios de saúde involve altos valores para as mulheres, ou ainda a exclusão de mulheres de certos planos de cobertura, simplesmente por serem do sexo feminino.


Especificamente falando, algumas empresas de seguros/convênios decidiram q, pq as mulheres podem gerar novas pessoas, elas deveriam pagar mais por cobertura de saúde, ou simplesmente não serem aceitas como clientes.


No clipe abaixo, Peggy Robertson relata ter sido excluída de um plano de saúde por conta de uma cesareana previamente realizada. A empresa supostamente lhe informou q Peggy apenas seria aceita caso se submetesse à esterilização. Isto é coerção. Mulheres podem sentirem-se compelidas a esterilizarem-se para obter acesso a um plano de saúde. Esta é uma quebra significante dos príncipios básicos da nossa civilização: o direito à vida, liberdade, e felicidade".

(PS: Não sei mais escrever em português, se alguém quiser me ajudar com correções eu agradeço)





Mais um vídeo tirado do youtubiu sobre o assunto:





Isto sim deveria ser MUITO notícia.

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