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sexta-feira, 4 de março de 2011

O verdadeiro jogo da vida


SPENT é um jogo que recomendo a todos (que entendem inglês). Ele simula a vida e as opções de alguém que perdeu o trabalho e a casa (por causa da crise nos EUA), tem uma família e apenas US$1000 no bolso.

Como já disse antes, sempre fiquei intrigada pela vida de moradores de rua/homeless. Sempre pensei em como seria fácil chegar ao ponto de perder tudo e me juntar a eles. Qualquer um pode ficar nessa situação. Quem pensa que não, é pq só pensa nas suas habilidades e formação, e esquece os fatores externos. Uma crise, uma catástrofe natural, ou até um vício ... muita coisa pode tirar nosso mundo do eixo. Eu tive um primo morador de rua, tenho uma amiga que quando criança catava comida no lixo e mendigava, e outra cuja mãe morou debaixo da ponte. Não é algo tão distante quanto gostaríamos de pensar.


Fico realmente impressionada com a raiva com que algumas pessoas (privilegiadas) falam de auxílios como bolsa-família. Do alto do meu confortável pedestal social, eu não me considero capaz, ou no direito, de julgar o quanto uma outra pessoa precisa ou merece um auxílio do governo. Aliás, eu fiz mestrado com bolsa da Capes, e sem a bolsa não o teria feito. Mesmo assim, tenho certeza que minha bolsa é muito menos importante ou necessária do que a dos beneficiados pelo bolsa-família.

De volta ao SPENT,

Eu não passei do primeiro passo, que é arranjar emprego (por falta de experiência ou aptidão para as vagas disponíveis), mas aqui algumas telas do jogo, que eu chupinzei do Sociological Images:







Isso nunca aconteceria com você, certo?

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Quando eu crescer...

...e desemburrecer, vou ter um blog assim:


Congrats, Michele...

gênero

número

grau

=^.^=

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Egito, respeito LGBTI, e ano novo





Meu povo e minha pova (de 2 ou 3 brav@s que aqui insistem em vir)

Já é fevereiro, mas aqui está meu desejo e minha resolução:

Que em 2011 todos nós desemburreçamos bastante!

Tendo dito isso, segue abaixo um e-mail que recebi do meu amigo Peter Jacobs, da África do Sul. Não sou boa tradutora, nem tenho tempo. Aos que não leem em inglês, perdão. Peçam ajuda ao grande pai Google:)



O texto fala da grande crise no Egito, do assassinato de David Kato e da crise de homofobia na África como um todo.





"

Please circulate:

The statement can also be found at www.equality.org.za

Solidarity with the people of Egypt! Democracy for all! Justice for David Kato! Equality for LGBTI people in Africa!

In a recent protest in Cairo, protestors chanted “"Leave, leave, Mubarak. Tel Aviv is waiting for you. We've had enough. They've raised the price of sugar and oil. They've wrecked our homes. Raise your voice, people of Egypt.”

This Friday, COSATU, with people from organisations and groups around Gauteng will protest outside the Egyptian embassy in Tshwane to raise their voices in support of the demands of the Egyptian people: Bread, Jobs, Education, Dignity, Democracy, Freedom of Expression.

In the same week that the protests in Egypt began, in Uganda openly gay human rights activist David Kato was killed. The killing of Kato and persecution of lesbian, gay, bisexual, transgender and intersex (LGBTI) people on our continent is an attack on democracy, equality and human rights for all. Struggles for justice and human rights are not complete without addressing state-sponsored homophobia and persecution of LGBTI people.


The speakers on the programme will give voice to and celebrate the plurality of South African society whilst simultaneously showing their support for the people of Egypt and send a clear message to the Egyptian despot, Mubarak, to get out! It is also essential that when raising our voices in support of justice at Friday’s protest that COSATU and all those present call for justice for David Kato. We must insist that state sponsored homophobia is challenged and that a full investigation be carried out into the death of Kato.

Furthermore the violence and oppression against all people in Egypt cannot and must not be separated from the ongoing homophobic stances taken by Egypt at the African Union (AU) and other multilateral fora. It is thus both symbolic and material that an end to the Mubarak regime and the oppression it promotes should also be a call for an end to Egyptian state homophobia.

We acknowledge that while Mubarak has become the central figure of peoples rage, that it is what he represents that is the core issue. Unemployment, police harassment, state-sponsored violence are all central to peoples anger. The United States unwavering support of the Mubarak regime (it receives the second greatest amount of aid after Israel) has maintained and promoted a situation of violence against people. Egypt as a crony to the United States and the resultant violent neo-liberalism and unquestioning support of Israel and its human rights abuses should not be leftunchallenged.

The Lesbian and Gay Equality Project will be part of this protest and strongly believes that In the same way that millions of ordinary South Africans took to the streets to demand an end to racism, violence and sexism and who fought to restore the inalienable right to live with dignity, food, jobs, education and democracy for all citizens; so do the Egyptian people today.

We know that our struggles in South Africa persist but we also know that the struggles of people in Egypt, Tunisia, Yemen and Jordan against hunger, unemployment, homophobia, corruption, police harassment are also our struggles today. We acknowledge that both oppression and resistance are interconnected and thus call for an end to all inequality including homophobia.

Join workers and people of Egypt and South Africa. Show your support.

Friday, February 4th, 14:30

Egyptian Embassy

270 Bourke Street, Muckleneuk, Pretoria

Call: 011 339 4911"


Atualização: Acabei de ler que a versão oficial da polícia é que ele foi morto a marteladas por seu jardineiro, a quem teria prometido dinheiro em troca de sexo, mas não teria pago. Não sei se acredito. É mais fácil ainda jogar lama em quem não pode se defender. Muito conveniente: O assassino não o matou por ele ser homossexual, mas ele ser homossexual causou sua morte. Quase justifica o assassino. Num país onde ser homossexual é crime, e defende-se a punição com forca, me nego a concordar com quaisquer versões oficiais. E, mesmo que seja esse o triste fim de Kato, permanece seu trabalho. E há muito trabalho pela frente, até que não haja lugar algum no mundo em que ser quem você é possa ser considerado crime.

E, quem tiver um tempinho, preste atenção aos comments sobre 'estupro corretivo' que estão circulando no Facebook e na mídia.


quarta-feira, 11 de novembro de 2009

morro e não vejo tudo

...mas alguém pode dizer que eu vi e um@ juiz@ vi acreditar!



"TJ gaúcho mantém absolvição de mulher que apresentou carta psicografada como defesa

Acusação questionava a validade do documento no processo

A 1ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul decidiu, em sessão realizada nesta quarta-feira, não haver motivos para que fosse determinado novo julgamento no caso em que uma carta psicografada foi apresentada entre as provas da defesa. Dessa forma, passa valer o entendimento de que cartas escritas por médiuns podem ser adotadas como prova no Tribunal de Justiça gaúcho.

O Ministério Público e a assistência da acusação recorreram da absolvição de Iara Marques Barcelos pelo Tribunal do Júri de Viamão. Durante o julgamento, ocorrido em maio de 2006, foi apresentada como prova a favor da ré uma carta psicografada. Para os julgadores, não há elementos no processo para concluir que o julgamento do Tribunal do Júri foi absolutamente contrário às provas dos autos, devendo ser mantida a decisão que absolveu Iara.

Iara foi acusada de ser a mandante de um crime, em 2003. O tabelião Ercy da Silva Cardoso morreu vitimado por disparos de arma de fogo. Iara Marques Barcelos e Leandro da Rocha Almeida foram acusados como autores do fato. Leandro foi condenado pelo fato em processo que correu separado na Justiça.

O advogado de Iara, Lúcio de Constantino, disse que entre os documentos que foram entregues ao integrantes do júri popular pela defesa estava essa carta psicografada, escrita por um médium de um centro espírita. A carta teria sido ditada pelo próprio Ercy e não indica quem seria o autor dos disparos, mas daria a entender que Iara era inocente. De acordo com a Federação Espírita do Rio Grande do Sul, a psicografia é uma ciência reconhecida e pode ter valor jurídico".

ZEROHORA.COM

Eu não queria transformar este espaço num imenso clipping jornalístico, mas tem cada notícia por aí q não consigo encontrar palavras mais engraçadas ou irônicas do q o próprio fato em si.

Se um de vcs resolver me matar não vai adiantar usar a mesma desculpa. Fica aqui desde já registrado q eu, J.K.F., não mandarei nenhuma mensagem do além, meu espírito não é espírita. Besides, eu sou chique bem, e twittaria o meu recado.

ps: o q passou na cabeça d@ juiz@?

domingo, 8 de novembro de 2009

a vingança é um prato q se come de minissaia

Do site do Estadão:

"MEC cobra Uniban por expulsão de aluna

New York Times e Guardian noticiam punição a estudante assediada por vestir saia curta

LISANDRA PARAGUASSÚ - O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - O Ministério da Educação vai pedir explicações à Universidade Bandeirante (Uniban) sobre a expulsão da estudante Geisy Arruda, de 20 anos, que foi perseguida, encurralada e xingada por um grande grupo de alunos no câmpus de São Bernardo porque usava um vestido curto. A secretária de Ensino Superior do MEC, Maria Paula Dallari, afirmou que a instituição será notificada nesta semana, em processo de supervisão especial que pode ser aberto a qualquer momento após denúncia. A ministra Nilcéa Freire informou que a Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres também cobrará explicações da Uniban.

O caso virou notícia em sites de grandes jornais do exterior, como The New York Times e Guardian . O jornal inglês deu maior destaque à expulsão de Geisy em sua home page. O americano usou um texto da agência Reuters que ironiza o fato de a expulsão da universitária ter ocorrido num país conhecido por seus "minúsculos biquínis".

"Uma universidade tem uma obrigação educacional que precisa estar presente em todos os momentos. É um local não apenas de convivência, mas de formação de valores. Esse caso me parece ter um forte caráter de gênero”, disse Maria Paula. “O MEC tem o dever de pedir explicações. Seria a mesma coisa em um caso de racismo.”
A secretária ressalta que todas as informações que teve até agora vieram das reportagens e da nota paga publicada pela Uniban. Por isso, não pode adiantar quais medidas poderiam ser tomadas. Isso será feito depois de ouvir a instituição.


No entanto, Maria Paula alerta que duas coisas chamam a atenção no caso. A primeira é a qualificação da atitude da aluna, que revela preconceito de gênero. A Uniban alega que a estudante usava roupas curtas e tinha atitudes provocativas, que teria resultado em uma “reação coletiva de defesa do ambiente escolar”. O segundo ponto é o fato de haver diferentes tipos de punição: a expulsão de Geisy, vítima das agressões, e apenas uma suspensão dos alunos que provocaram o tumulto. “Diante do mesmo problema, há duas punições de gravidade diferente. Por que não houve então igual tratamento?”, pergunta a secretária.


Geisy sofreu assédio coletivo e ameaças de agressão no dia 22 de outubro, ao ir para o curso de Turismo, onde estudava, usando um vestido rosa curto. Ela teve de ser escoltada pela polícia sob gritos e ameaças. A história ganhou repercussão depois de vídeos terem sido postados no YouTube. No sábado, depois de concluir uma sindicância, a Uniban decidiu expulsar Geisy por considerá-la responsável pela violência que sofreu, por causa da sua roupa e da sua atitude.

A ministra Nilcéa condenou a decisão de expulsar a universitária e disse que a atitude da escola de demonstra "absoluta intolerância e discriminação". "Isso é um absurdo. A estudante passou de vítima a ré. Se a universidade acha que deve estabelecer padrões de vestimenta adequados, deve avisar a seus alunos claramente quais são esses padrões", disse a ministra à 'Agência Brasil' antes de participar do seminário seminário A Mulher e a Mídia.

Segundo a ministra, a ouvidoria da SPM já havia solicitado à Uniban explicações sobre o caso, inclusive perguntando quais medidas teriam sido tomadas contra os estudantes que hostilizaram a moça. Nesta segunda-feira, 9, a SPM deve publicar nova nota condenando a medida e provocando outros órgãos de governo como o Ministério Público Federal (MPF) e o MEC a se posicionarem.

As cerca de 300 participantes do seminário A Mulher e a Mídia decidiram divulgar, ainda neste domingo, moção de repúdio à Uniban pela expulsão da estudante. A decisão da Uniban também foi reprovada pela deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), uma das participantes do seminário. Segundo a deputada, a expulsão de Geisy não se justifica e parte de um "moralismo idiota". "Mesmo que ela fosse uma prostituta, qual seria o problema da roupa? Temos que ter tolerância com a decisão e postura de cada um", afirmou Erundina.

A socióloga e diretora do Instituto Patrícia Galvão, Fátima Pacheco, discordou da decisão e questionou o argumento da universidade de que a aluna "teria tido uma postura incompatível com o ambiente acadêmico", conforme diz a nota da Uniban. "Ela não infringiu nada. Ela estava vestida do jeito que gosta, da maneira que acha adequado para seu o corpo e a interpretação do abuso, da falta de etiqueta é uma interpretação que não tem sentido"’, disse Patrícia. "É uma reação à mulher e à autonomia sobre o seu corpo. Não se faz isso com rapazes sem camisa, com cueca para fora ou calças rasgadas", completou a socióloga.

Para a psicóloga Rachel Moreno, do Observatório da Mulher, a reação dos estudantes e da universidade refletem posições contraditórias e "hipócritas" da sociedade em relação à mulher. "Por um lado, a nossa cultura diz que a mulher tem que ser valorizar o corpo, afinal de contas, tem que ser bonita, tem ser gostosa e tem que se mostrar. Por outro lado, a mulher é punida quando assume tudo isso com tranqüilidade."

O Movimento Feminista de São Paulo prepara manifestação nesta segunda-feira, às 18 horas, em frente da Uniban. Na convocação, o movimento pede que as manifestantes compareçam usando minissaias ou vestidos curtos".


....delícia!!!