terça-feira, 31 de julho de 2007


terminado o half blood prince, jangada ainda à deriva, estou lendo a menina que roubava livros, de markus zusak. é um best-seller, mas (por enquanto) o é por merecer.

vários motivos tornaram este livro interessante pra mim. um: quem conta a história é a morte. dois: se passa na alemanha nazista. três: os maiores tesouros para a menina são livros.

gostaria de lê-lo no original, the book thief, mas a versão brasileira me saiu de graça então...

gosto de olhar a foto do autor na contracapa, de imaginar o dito cujo digitando e tomando chá ou café. fico imaginando como deve ser maravilhoso ser escritora. me vejo acordando cedo, tomando um gole de suco, dando comida e afeto aos gatos e indo pro yoga com uma roupa híper confortável. volto, como um cereal bem gostoso, tomo um banho com sais e cheiros, visto uma espécie de robe/kimono bem molinho mas com cara de arrumada e cosmopolita e vou pra algum ponto ensolarado do apartamento (em montreal? hong kong? nyc? rio?) ler blogs, notícias, ver vídeos ridículos no iutubiu, talvez escrever um pouco. levanto, preparo o almoço cheio de beringelas, gengibres e outras gostosuras. o telli acorda e a gente come e ri. ele poe a louça na máquina e sai pro trabalho/diversão. Eu troco de roupa e vou pra algum café/livraria com meu notebook fazer um pouco de people watching/character researching. Volto pra casa e digito feito louca com meu chazinho. páro e me alongo várias vezes, senão o telli me mata, aproveito pra observar os gatos. como algum quitute doce. enquanto o telli não chega leio alguma coisa bem boa numa poltrona über confortável. ele chega, a gente se arruma e sai pra jantar. um sushizinho, ou uma comida bem apimentada e depois a gente vai ao cinema ou namorar. ai ai. como eu sou linda, burguesa e feliz.

ok, mas o carinha da menina ladra de livros não combina nada com alguém que escreve sobre a alemanha nazista. é um cara bem jovem que mora em sydney. a vida dele deve ser mais interessante ainda. ele tem cara de quem bebe suco de clorofila ao invés de chá ou café.

Devaneios à parte, na contracapa diz o seguinte: Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler.

parei

segunda-feira, 23 de julho de 2007

expecto patronum

não precisei fazer nenhum teste de personalidade para comprovar: sou nerd. muito muito nerd (guilty-pleasure kind of nerd, except i'm not that guilty). e um tanto imatura...

evidência número 1: eu leio harry potter e não tô nem aí.

evidência número 2: eu leio no original pq prefiro ser muggle do q ser trouxa.

evidência número 3: semana passada fui assistir a ordem da phoenix e quando apareceu um dementor eu falei (em voz alta) expecto patronum.

evidência número 4: sábado cheguei na saraiva e lá estava o número 7 no seu altar de destaque. quase engasguei. entrei em desespero pq não tinha lido o 6 ($) ainda.

evidência número 5: o telli disse que ia me dar o 6 de presente e eu fiquei tapando os ouvidos enquanto procurava uma edição, pq tinham umas pessoas lendo as últimas páginas do 7 e eu temia spoilers.

evidência número 6: só achei uma edição da versão americana do 6 (sim, os americanos são aparentemente incapazes de entender inglês britânico, nós aqui no brasil deveríamos também exigir uma versão brasileira dos saramagos hahahaa). o telli me deu esta mesma enquanto aguardo a oportunidade de comprar uma edição original em inglês inglês.

evidência número 7: já tô no meio do livro, e fico meio que poupando, lendo aos poucos, pq o próximo é o último e aí adeus hogwarts.

acho que a foto de um gato lendo o half blood prince já era evidência suficiente, anyway...

qual o seu preço?

On Average, You Would Sell Out For

$1,068,799
At What Price Would You Sell Out?

visitando o moving the relation/bibimove achei este site engraçadíssimo chamado blogthings, onde vc faz testes esdrúxulos de personalidade pra postar no seu blog.

digo, pq ouvi alguém dizer e concordei, que o poder não corrompe as pessoas, apenas revela seu verdadeiro caráter. o meu, aparentemente, pode ser comprado por us$1.068.799. e não venha me oferecer apenas 1 milhão que eu não sou trouxa não!

quarta-feira, 18 de julho de 2007

mulheres incríveis e maravilhosas



com este título aí talvez o google mande muitos desavisados pro meu blog, é uma estratégia de marketing (ou talvez branding segundo um amigo meu que acha estes nomes relevantes e significativos) para aumentar meus clicks (rs).

na real andei pensando sobre minhas aulas e sobre alguns tópicos dos quais tenho falado (não, eu não sou só uma professora de língua inglesa, eu falo sobre o mundo). pela segunda ou terceira vez falo com meus alunos sobre heróis e heroínas, pessoas transformadoras da história.

a primeira reação é falar do super-homem (socorro). desfeito os desentendimentos, falam de homens, homens e mais homens. isso sendo generosa. somente a última turma (provavelmente por ser de graduação e não de cursinho) falou de muita gente, e muita mulher.

como odeio quando dizem que sou feminista é provavel que eu deva ser mesmo. amo ser XX. acho as mulheres demais. muito mais fortes que os XY. muito mais profundas. muito mais complicadas. e, claro, muito mais macias e bonitas.

agradeço à deus todos os dias por ela ter me feito mulher.

sem mais delongas, quero hoje falar um pouquinho de uma XX maravilhosa. Maria Skłodowska-Curie ou marie curie.

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Nasceu em novembro de 1867 em Varsóvia, Polônia, que na época era parte do Império Russo. Seus pais eram professores e desde bem jovem preferia estudar do que comer ou dormir. Proibida (XX) de estudar numa universidade, trabalhou como professora particular e estudou na ilegal “Universidade Flutuante” de Vársóvia. Mandava dinheiro para sua irmã que estudava medicina em Paris. Em 1891 mudou-se para Paris, onde estudou Matemática, Física e Química na Sorbonne. No começo de 1893 graduou-se. Um ano depois tornou-se Mestre em Matemática. Em 1903, orientada por Henri Becquerel (descobridor da radioatividade do urânio), recebeu seu Doutorado em Ciências( na École Supérieure de Physique et de Chimie Industrielles de la Ville de Paris). Foi a primeira mulher doutora na França. Resumindo, foi a primeira professora da Sorbonne, isolou substâncias radioativas, descobriu 2 novos elementos químicos (polônio e rádio). Em 1903 recebeu o prêmio Nobel de Física junto com Pierre Curie e Becquerel. Em 1911 recebeu o Nobel de Química. Pioneira em praticamente tudo, Marie foi a primeira mulher a receber o Nobel, a primeira pessoa a receber 2 Nobel e, até hoje, a única pessoa a recebê-los em 2 ciências diferentes (Linus Pauling também recebeu 2 em áreas diferentes, mas 1 de Química e 1 da paz). Apesar de tudo isso, seus XX não permitiram que fizesse parte da Academia Francesa de Ciências. Depois de mais uma porrada de feitos impressionantes a serem lidos na wikipedia, morreu em 1934. Seus restos mortais estão no Panteão em Paris.

Quando precisar fazer uma radiografia, agradeça à Marie.

fonte:texto meu baseado no da wikipedia.

terça-feira, 17 de julho de 2007

eu vaio a estupidez

demorei mas reagi. os cariocas/brasileiros caíram no meu conceito no último mês. primeiro aquela campanha ridícula do Vote no Cristo (pelamordedeus que tolice). depois a vaia ensaiada e fora de contexto. porr favorr. pra não me estender no assunto, visitem o blog do Ulysses Dutra, esquerda festiva, no post de 14 de julho.

sexta-feira, 13 de julho de 2007


entre estatísticas e escorredores cá estou eu à deriva,
péssima pesquisadora,
pior dona de casa.

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" The present study is thus motivated by the following research questions:

  1. How does a 5-week period of instruction based on role-plays affect fluency, as elicited by a dialogic and a monologic speech generation task?

  2. How does a 5-week period of instruction based on role-plays affect accuracy, as elicited by a dialogic and a monologic speech generation task?

  3. How does a 5-week period of instruction based on role-plays affect complexity, as elicited by a dialogic and a monologic speech generation task?

  4. Will there be significant differences between oral performances on the two different tasks (monologic x dialogic), in terms of fluency, accuracy and complexity?"

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domingo, 8 de julho de 2007

pode entrar, fique à vontade. acabamos de passar por um extreme makeover blog edition, courtesy of Telli Narcizo, designer, blogger e artista. espero que minhas duas leitoras e um leitor gostem. visitem também o blog do Telli, ozicran blog.

quanto à jangada, continuo à deriva, mas muito mais bonita.

namaste_()_

quarta-feira, 4 de julho de 2007


então, tô lendo este aí. descobri que tenho ( ou tive) uma leitora. já não estou escrevendo para as cyberparedes. como ela gosta de saramago e eu também...taí.

resolvi começar minha jornada com os livros que já tenho em casa comendo poeira. são muitos. minha aposentada mãe só faz ler. e eu, burra que só, a ensinei a comprá-los pela net. a prateleira pesa, nem tudo presta, mas enquanto tiver uns saramagos eu sobrevivo.

quanto aos livros e a poeira juro que exagero. primeiramente pq a família da pessoa aqui é maníaca por limpeza. segundamente pq sempre fui contra aquelas livrarias repressoras que mantêm seus livros (leia-se mercadoria, feito um cacareco qualquer) asfixiados em embalagens plásticas. livro que não respira pra mim tá morto. não compro nenhapau. terceiramente, tchau, que eu tenho muito que ler.

terça-feira, 3 de julho de 2007


descongelei. devorei ontem o que restava do meu petit saramago. por saramago amo portugal. amo como persuade as palavras a conviver, mesmo aquelas que por muito nutriram asco mútuo. amo seus habitantes sem nome. o cão das lágrimas, o velho da venda preta, a rapariga dos óculos escuros. amei no evangelho aquela maria que tinha vagina. em geral não amo os humanos tanto quanto devo, mas a humanidade nos saramagos me comove. amo como fedem, chupam e cagam, coisas que nem todos humanos de ficção fazem, e muitos humanos de carne e osso fingem não fazer.

ok, e agora? o que vou ler?

domingo, 1 de julho de 2007



eu sofro de paralisia literária. congelo os livros nas partes que me desinstalam da minha zona de conforto. cidade de deus, por exemplo, naquela passagem horrenda da tortura do bebê eu parei. parei como se bebês torturados fossem uma ficção cruel demais para mim. e nunca mais voltei. não vi o filme. enfim, se doer eu fujo. ainda que não seja tão ficção assim. muito mais se não for total ficção. isso me lembra o joey do friends, que colocou o iluminado no freezer pq estava com muito medo. é assustador eu ser tão boba quanto o joey. estou há vários meses com o ensaio sobre a cegueira congelado no meu criado-mudo. as mulheres violadas me apavoram.

nesta semana vou terminar este saramago pra recuperar os movimentos . e vou pensando no que ler next. sugestões?

foto: defrost by psyonide, in deviantart.com