Mostrando postagens com marcador Meirelles. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Meirelles. Mostrar todas as postagens

domingo, 14 de setembro de 2008

carta para Fernando Meirelles



ainda q não as leia, só quero te dizer umas breves palavras:

tua película não perde nada para o livro do nobel português!

isso é raro, é poético, inspirador.

o livro é um chute no estômago da moral humana, o filme também.
é de uma beleza nauseante, o filme também.
fede, grita e chora, esperneia, o filme também.

não sou crítica de cinema nem literatura (graçasadeus), e minha opinião é feito língua virgem em degustação de vinhos. mas amo Saramago. e meu amor me põe mais perto dos abomináveis puristas, sempre a adorar as estátuas petrificadas do deus-literatura. e mesmo assim, ainda assim, quem sabe por isso, amei cada segundo do teu filme. isso deve valer alguma coisa.

quero te dizer q também durante a minha sessão, como nos teus testes de tela, várias pessoas se retiraram ao começo daquelas cenas temidas. não devem ter lido o livro, penso eu. ainda q bem feitas e profundas, tuas cenas estavam light. enquanto Saramago nos tortura a nós e as mulheres por horas, tu nos poupa a uns poucos minutos. chorei pouco, desesperei quase nada. esse filme não é para qq um, como o livro também não.

ao fim da película, Saramago te declarou estar tão feliz quanto ao acabar de escrever o livro. eu, por minha vez, fiquei tão mentalmente paralisada ao fim das cenas quanto ao fim das páginas. só as mãos se mexeram, num solo de palmas, na sala em evacuação.

por fim te agradeço, nunca havia sonhado um dia ver a cegueira.


.

sábado, 7 de junho de 2008

a única crítica q importa



chorei ao ver o Meirelles ganhar o dia
e ao ver a cara do meu escritor preferido chorando

(não sei quem fez o vídeo, mas pra quem não entendeu é o Saramago imediatamente após assistir Blindness)




.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Voltei para falar da cegueira

e das mulheres.

Fernando Meirelles está filmando o ensaio sobre a cegueira, e eu estou ansiosa para ver este filme.

já disse que as vezes me chamam de feminista, talvez eu seja, mas não sou men-hater de maneira alguma. poréeeeem, lendo o ensaio fica difícil não odiá-los por alguns instantes. são vis e covardes, uns fracotes mesmo (meirelles/saramago os chamam de inúteis). e as mulheres, como na vida, fortes e sábias.

espero que Meirelles as/os mantenha como no livro. confio que sim.

quem não leu, leia. quem não visitou, visite.

Meirelles, Moore e Ruffalo filmando em São Paulo (foto: E.Pessoa, Estadão)