vários motivos tornaram este livro interessante pra mim. um: quem conta a história é a morte. dois: se passa na alemanha nazista. três: os maiores tesouros para a menina são livros.
gostaria de lê-lo no original, the book thief, mas a versão brasileira me saiu de graça então...
gosto de olhar a foto do autor na contracapa, de imaginar o dito cujo digitando e tomando chá ou café. fico imaginando como deve ser maravilhoso ser escritora. me vejo acordando cedo, tomando um gole de suco, dando comida e afeto aos gatos e indo pro yoga com uma roupa híper confortável. volto, como um cereal bem gostoso, tomo um banho com sais e cheiros, visto uma espécie de robe/kimono bem molinho mas com cara de arrumada e cosmopolita e vou pra algum ponto ensolarado do apartamento (em montreal? hong kong? nyc? rio?) ler blogs, notícias, ver vídeos ridículos no iutubiu, talvez escrever um pouco. levanto, preparo o almoço cheio de beringelas, gengibres e outras gostosuras. o telli acorda e a gente come e ri. ele poe a louça na máquina e sai pro trabalho/diversão. Eu troco de roupa e vou pra algum café/livraria com meu notebook fazer um pouco de people watching/character researching. Volto pra casa e digito feito louca com meu chazinho. páro e me alongo várias vezes, senão o telli me mata, aproveito pra observar os gatos. como algum quitute doce. enquanto o telli não chega leio alguma coisa bem boa numa poltrona über confortável. ele chega, a gente se arruma e sai pra jantar. um sushizinho, ou uma comida bem apimentada e depois a gente vai ao cinema ou namorar. ai ai. como eu sou linda, burguesa e feliz.
ok, mas o carinha da menina ladra de livros não combina nada com alguém que escreve sobre a alemanha nazista. é um cara bem jovem que mora em sydney. a vida dele deve ser mais interessante ainda. ele tem cara de quem bebe suco de clorofila ao invés de chá ou café.
Devaneios à parte, na contracapa diz o seguinte: Quando a Morte conta uma história, você deve parar para ler.
parei