terça-feira, 30 de outubro de 2007

quem tem raíz é árvore

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver” . Amyr Klink

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

problemas técnicos de novo, q beleza !

não me lembro de ter postado aqui nenhum dos meus escrivinhados. não tenho escrito nada que não seja acadêmico (AKA chato) há muito tempo. Dois poeminhas velhos e amarelados:

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two sisters

some people fade as ghosts from the memory of my retina
in the memory of others they lay
and make me believe they really are
but to me not even memories
the are not for them
less
the empty
vaccum

writing to absence
please forgive me
whoever you are not
it was never my intention
to hurt your unmemory

Voice will say it's out of spite
i only wish
but in fact it's a tribute to Amnesia
(the sympathetic sister of Insomnia)
the one I truly love
and can't remember if i've met

the sister, however
inebriated stalker
she loves me i know
and seeks for my indecent companion
whenever i am in bed


go away i please please her
never remembering
she is deaf

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eu não sou de nada
e não escrevo sobre a fome
a desconheço
e se conhecesse não escreveria
comeria o lápis
a celulose
comeria as palavras
pois todas inúteis
inertes
servem ao nada
que sou eu diante do esforço
do passo não dado
do suor não derramado
que faria o pão
que mataria a fome
que não existiria para ser escrita sobre

>

>

tô precisando ler pra escrever alguma coisa que preste.



_()_namaste

quinta-feira, 11 de outubro de 2007


assisti ontem este filme traduzido como "morte no funeral". hilário. gosto de rir em filme que não faz pensar muito, mas comédia abobada americana nunca me fez rir. este humor é mais inglês. fui sem saber nada sobre o filme (odeio sinopse, adoro surpresa) e me surpreendi. é dirigido pelo Yoda. é, pelo Yoda, A.K.A. Frank Oz. recomendo, mas leve sua bombinha para asma. e com você a força esteja.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007


eu não dirijo. até cheguei a tirar carteira, já tive um carro, mas me livrei de tudo. é minha incompreendida opção. começou sendo pânico, virou personalidade mesmo. o telli odeia pq é sempre ele o designated driver. entendo e até concordo, mas não dá. por isso (e outros), já disse que preciso morar num lugar grande suficiente para ter metrô, ou pequeno suficiente para ser percorrido à pé (não tenho bicicleta desde os 8 anos, e acho perigoso pedalar junto ao trânsito de floripa). ando por aí com minha mochilinha, encaro uns latões, e no findi o telli-móvel me carrega.

pois bem, em tempos de aquecimento global minha escolha é praticamente chiquérrima ( ontem meu sogro veio com uma de que aquecimento global é teoria da conspiração blábláblá deusmeperdoe), mas ainda incomoda muita gente, é vista como total fraqueza.

venho então conhecendo outras pessoas com a mesma opção: o pai de uma amiga minha que foi exilado político (pra mim isso é prova de caráter, pra minha família de semvergonhice); um professor que tive; e agora leio no blog de meirelles que o SARAMAGO não dirige. lindo, perfeito, tô em boa companhia.

eu sempre digo que talvez um dia eu dirija, mas por enquanto amo muito minha excentricidade. aliás, não entendo pq tanta gente acha isso excêntrico, por acaso a gente nasce com pneu ao invés de pé?

Voltei para falar da cegueira

e das mulheres.

Fernando Meirelles está filmando o ensaio sobre a cegueira, e eu estou ansiosa para ver este filme.

já disse que as vezes me chamam de feminista, talvez eu seja, mas não sou men-hater de maneira alguma. poréeeeem, lendo o ensaio fica difícil não odiá-los por alguns instantes. são vis e covardes, uns fracotes mesmo (meirelles/saramago os chamam de inúteis). e as mulheres, como na vida, fortes e sábias.

espero que Meirelles as/os mantenha como no livro. confio que sim.

quem não leu, leia. quem não visitou, visite.

Meirelles, Moore e Ruffalo filmando em São Paulo (foto: E.Pessoa, Estadão)